ESSENCIAL!
Afinal, existem outras essencialidades para a vida?
ESSENCIAL!
Por Thomas Korontai
Quero dizer aos senhores ditadores, aliás, autoridades, que se consideram acima do bem comum e também da leis e até da Constituição Federal, algo sobre o que é essencial, considerando que vossas excelências classificam algumas atividades como essenciais neste momento de crise:
1. Essencial é, além do ar e da água, eu poder comer, alimentar as bocas que tenho sob minha responsabilidade, pois, para cada uma delas, é ESSENCIAL que se alimentem. O alimento, senhores, é essencial, e não me refiro às lautas refeições acompanhadas de caros vinhos em baixelas de prata e porcelana, mas ao feijão com arroz mesmo;
2. Essencial é o vestir. Não falo da alta moda, dos ternos, camisas e calçados de marcas caras que vossas excelências utilizam, mas da vestimenta básica, suficiente para apresentação civilizada, bem como, para se proteger do frio que se aproxima;
3. Essencial, vossas excelências, são os remédios que precisam ser comprados mensalmente, por conta das inúmeras patologias criadas pela irresponsabilidade dos governantes e do caríssimo sistema público que pagamos com cada vez mais impostos, que não resolvem os problemas com o saneamento, com a água, contaminada com inúmeros produtos absorvidos pelos lençóis freáticos, com a poluição do ar, com a poluição sonora e com a burocracia estressante e asfixiante, e ainda todos os problemas no atendimento de tantas patologias, todos fatores depressivos da saúde humana.
4. Essencial é a liberdade, senhores tiranetes, pois sem esta, como dizia Nietzsche, vale a pena viver. Estamos presos em nossas próprias casas, já monitorados até por via remota, prontos para sermos levados à cadeia, muitas delas talvez já esvaziadas por juízes que libertaram bandidos, se pisarmos fora do perímetro residencial. A essencialidade da segurança pessoal e patrimonial estão sendo violadas por vocês, tiranetes, ao mesmo nível dos bandidos que são soltos da cadeia.
5. Essencial, mal prezados proto-ditadores, é o trabalho, pois sem ele, não há como atender a todas as demais essencialidades, desde aquelas de cunho pessoal, até aquelas de cunho social, seja gerando empregos e pagando as essencialidades das famílias de cada colaborador, bem como da produção e transporte de algo material ou serviço que será necessário em alguma cadeia produtiva ou ao consumidor no final dela, até mesmo para gerar os essenciais impostos, para pagar as vossas essencialidades acrescidas dos vergonhosos e imorais luxos, privilégios e excentricidades.
Portanto, senhores, é essencial que tenham o bom senso, a inteligência de se observar a simplicidade dos fatos em relação ao quadro sanitário, que é menos de cinco porcento pior do que foi nos anos anteriores apenas em relação às gripes. É óbvio que a gripe do vírus chinês foi fortalecida com o componente mais mortal que existe, o pânico! Assim como o efeito placebo cura as piores doenças, o pânico empodera um vírus bem menos maléfico do que o H1N1, ou influenza, que juntos, mataram mais de 86 mil pessoas só em 2019, no Brasil, cerca de 235 mortes por dia! Sem nenhum alarde! Ou vocês caíram no conto chinês, ou se aproveitam para avançar em experimentos sociais nunca antes realizados no País.
Autoridades pagas com nosso dinheiro quando tínhamos trabalho, que se apossaram de nossas vidas, violando Constituição e leis, o bom senso e a verdade, o que é essencial é bem mais amplo do que a seletividade de atividades liberadas imposta com base em um quadro de guerra, que só existe na cabeça de vocês.
NÃO ESTAMOS EM ESTADO DE SÍTIO! O Presidente da República não declarou essa situação, e os senhores NÃO TEM AUTORIDADE para fazer o que estão fazendo! Vocês criaram esta crise sem precedentes, violando todas as essencialidades dos indivíduos em muitas cidades e estados, e não sei se fazem ideia das consequências. Se fazem, são criminosos e genocidas! Porque a esperança do futuro, cuja responsabilidade é de cada um de nós construi-lo, simplesmente está sendo destruída. Empresas e cadeias de produção, mão de obra qualificada e em qualificação, mercados, experiência e conhecimento, tudo será varrido pelo tsunami das falências, do desemprego, do desalento, do abandono e da sujeira, da feiúra e da criminalidade. A destruição do que nós, brasileiros, estamos – ou estávamos. – construindo, acarreta na destruição de vidas! Se isso não é genocídio, então o que é?? Vossas “excelências” deverão pagar por isso!
Acham exagero tudo isso? Acham que dinheiro do governo vai resolver essa bagunça? Acham que em 90 dias estará tudo resolvido, como se nada tivesse acontecido? Juro que quero estar errado!
Como dizia Antoine de Saint Exupéry, “o essencial não pode ser visto”. O que vocês ou os que os controlam estão escondendo de nós? Porque se permitiram a isso? Se houver um pingo de coragem, patriotismo, amor ao próximo, decência, racionalidade e capacidade de distinguir os fatos, reabram o País já! E aproveitemos, todos nós, o aprendizado que esta pandemia falsa e maluca trouxe, cuidando mais dos nossos queridos fragilizados e idosos, pois talvez já tenhamos levado para eles, muitos outros vírus e bactérias e não sabíamos disso, nos sanitizando corretamente e cuidando melhor de nossa saúde e de todos.
Levará tempo para que possamos, caso escapemos ilesos disso tudo, resgatar mais uma essencialidade em nossas vidas, que é dar e receber amor, afeto e carinho, sejam nas amizades ou nos relacionamentos familiares, com a confiança de poder apertar as mãos, abraçar, beijar e ficarmos próximos uns dos outros, pois somos humanos, afetivos e calorosos. O distanciamento social parece ser a etapa final do processo materialista de separações seletivas entre humanos, começando com a luta entre patrão e empregado, depois entre classes econômicas, logo entre homens e mulheres, depois entre raças, etnias, pais e filhos, preferências de comportamento sexual, chegando à bizarrice de transformar sexo em ideologia de gênero, subvertendo a essência humana, gênero único por si só. Agora, o “grand finale”, separando a todos, até dentro dos próprios lares?
Pensar é essencial, para que possamos reagir com o propósito de defender nossas vidas e essencialidades. E para isso, é vital que usemos mais algo, também essencial para a nossa vivência ou, neste caso, sobrevivência: A Razão!
Thomas Korontai é empresário, autor de livros sobre Federalismo e fundador do Movimento Federalista no Brasil.
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